Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2018

Camisa sem dona

 

Ó sua descaradona
Tire a roupa da janela,
Essa camisa sem dona
Lembra-me a dona sem ela! - Henrique Silva

 

Ontem estava na varanda
Com um traje muito leve,
Que a favorece, que a abona,
Mas tanto anda e desanda
Que mostra o que não deve
Ó sua descaradona!

 

Controle o seu á vontade
Não é que eu não queira ver
Uma paisagem tão bela,
Mas não faça essa maldade
Oiça o que lhe vou dizer
Tire a roupa da janela!

 

Não deixe a janela aberta
Do seu quarto intimista
Quando a roupa abandona,
Seja um pouco mais discreta
Porque salta muito á vista
Essa camisa sem dona!

 

Neste mundo de ansiedade
Há quem viva de ilusões
Por uma simples farpela,
O olhar gera saudade
E a camisa com bordões
Lembra-me a dona sem ela!

 

Paulo Conde - SPA 2017

publicado por pauloconde às 21:59

link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 3 de Janeiro de 2018

Quero não ser

 

Nesta vida tão funesta
Já nem a morte me resta
P'ra fugir do infinito,
Só quero deixar de ser
Não estar vivo e não morrer
Ser apenas o meu grito!

 

Não ser corpo, não ser alma
Não ser nem tão pouco a calma
Do nada da ilusão,
Quero apenas ter um fim
Sem recordações de mim
Ser um simples apagão!

 

Deixem-me que seja louco
Não ter muito nem ter pouco
Nexo de causalidade,
P'ra que a minha consciência
Não acorde na dormência
Da minha eternidade!

 

Paulo Conde, SPA
2016

publicado por pauloconde às 16:22

link do post | comentar | favorito

.Paulo Conde

.pesquisar

 

.Julho 2022

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

.posts recentes

. Tributo ao Barbeiro Antón...

. Camisa sem dona

. Quero não ser

. Indecisão

. Dona Amélia

. Traição

. Quero morrer nos teus bra...

. Cemitério

. Menina dos olhos tristes

. Eterno Amor

. Quadra Solta

. O mar

. Esperança perdida

. A bruxa de Palhavã

. O casino da Mariquinhas

. O portão do fado ou O por...

. O povo tem esperança e fé

. Tributo a Carlos Ramos

. Quero tudo o que é teu

. Na vida é tudo aparente

. Fado Goya

. O cais da solidão

. Um homem que não conheço

. Loucura

. Lisboa, sei quem és!

. Alfama fadista

. Daniel Correia - Militant...

. É Natal

. Canibais do Tempo

. Ode à solidão

. O Casino da Mariquinhas

. Livro de poesia

. Nota solta...

. O cálice da vida

. O segredo do teu olhar

. A minha lágrima

. A saudade e o desgosto

. Prisioneiro

. Á luz da vela

. Os "arranjadores" de Fado

. Casa da Azenha

. Eduardo Ramos de Morais

. Á esquina do Corpo Santo

. Apontamentos de fado

. O "Numero Um"

. Morte é lei

. Biografia

.arquivos

. Julho 2022

. Janeiro 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Abril 2016

. Março 2016

. Junho 2014

. Março 2014

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Janeiro 2012

. Maio 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Setembro 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Fevereiro 2010

. Agosto 2009

. Maio 2009

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Maio 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Maio 2006

. Abril 2006

.tags

. todas as tags

.links

Em destaque no SAPO Blogs
pub