Ó sua descaradona
Tire a roupa da janela,
Essa camisa sem dona
Lembra-me a dona sem ela! - Henrique Silva
Ontem estava na varanda
Com um traje muito leve,
Que a favorece, que a abona,
Mas tanto anda e desanda
Que mostra o que não deve
Ó sua descaradona!
Controle o seu á vontade
Não é que eu não queira ver
Uma paisagem tão bela,
Mas não faça essa maldade
Oiça o que lhe vou dizer
Tire a roupa da janela!
Não deixe a janela aberta
Do seu quarto intimista
Quando a roupa abandona,
Seja um pouco mais discreta
Porque salta muito á vista
Essa camisa sem dona!
Neste mundo de ansiedade
Há quem viva de ilusões
Por uma simples farpela,
O olhar gera saudade
E a camisa com bordões
Lembra-me a dona sem ela!
Paulo Conde - SPA 2017
Nesta vida tão funesta
Já nem a morte me resta
P'ra fugir do infinito,
Só quero deixar de ser
Não estar vivo e não morrer
Ser apenas o meu grito!
Não ser corpo, não ser alma
Não ser nem tão pouco a calma
Do nada da ilusão,
Quero apenas ter um fim
Sem recordações de mim
Ser um simples apagão!
Deixem-me que seja louco
Não ter muito nem ter pouco
Nexo de causalidade,
P'ra que a minha consciência
Não acorde na dormência
Da minha eternidade!
Paulo Conde, SPA
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