À esquina do Corpo Santo
Dei comigo a vaguear
Ali para o Cais do Sodré,
Como barco a naufragar
Pelas crinas da maré!
Ancorei junto à estação
Sem ter rota nem destino,
Numa esquina a perdição
Duma vida em desatino!
Passei perto, segredou
Quedei-me diante dela,
E de mim nada ganhou
Nem eu me perdi por ela!
Sei que anda a vida triste
Não tem brilho nem encanto,
No pecado que ainda existe
À esquina do Corpo Santo!
Letra de Paulo Conde