É solidão o que faço
Perdido em cada passo,
Passo entre a multidão,
Não é medo, é cansaço
De sentir que quanto faço
Se esconde na solidão!
Solitário! Caminhando…
Nuas almas vou cruzando
Olhos frios, gente crua,
Fico. Não vou mais além
Já não conheço ninguém
Com quem me cruzo na rua!
Estende mãe, o teu braço
Nesse teu peito me enlaço,
É teu, o meu coração,
Quero de volta o ventre baço
E no gume dum estilhaço
Mãe! Mata-me a solidão!
Paulo Conde