Andei à tua procura
Junto ao cais da solidão,
E apenas vi amargura
Nas vagas da ilusão!
E o meu coração triste
É toda a minha vontade,
Da paixão que ainda existe
Na tormenta da saudade!
Quando uma crista se agita
Nas águas em torvelinho,
Todo o meu pranto te grita
Desesperando carinho!
Sempre que o mar se revolta
Revolta-se o meu tormento,
E o teu amor que não volta
Açoita o meu sofrimento!
Todas as noites te espero
Junto ao cais da solidão,
E as ondas p’ra desespero
Batem nas fragas em vão!
Letra de Paulo Conde
Música de Raul Ferrão ( Fado Carriche )
SPA