Estou na feira de vaidades
Onde a morte tem morada
E a vida cá não mora,
Vim só pra matar saudades
Da saudade enterrada
Num cemitério outrora!
Jamais quero fazer parte
Dum assombro de tristeza
Por onde a vaidade impera,
Nem ser cumplice da arte
Dos mausoléus, da riqueza
Que a multidão venera!
Quando der os meus finados
Ser cremado é quanto baste
Para me expandir no ar,
Não quero restos sepultados
P'ra que ninguém se desgaste
Quando de mim se lembrar!
Não é por sina ou por sorte
Que um jazigo é apanágio
De uma alma protegida,
Cemitérios são p'rá morte,
E p'ra não dar mau presságio
Eu só entro lá com vida!
Paulo Conde - SPA
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